domingo, 14 de novembro de 2010

Belém


Em Belém


Situada às margens da Baía do Guajará e do Rio Guamá, no estuário do Rio Pará, Belém é o portão de entrada da Amazônia. Desenhada por rios, igarapés e canais, possui cerca de 55 ilhas, sendo apenas 28 identificadas, o que corresponde a 2/3 do território. Apresenta alto índice de chuvas.

Formada pela miscigenação do negro, do índio e do europeu, reúne aspectos sócio-culturais europeus evidenciados em sua arquitetura.

É a Cidade que mais cresceu na região, sendo considerada a Metrópole Regional do Norte e a Cidade mais populosa da Amazônia. Suas ruas são cheias de mangueiras seculares que formam verdadeiros túneis, o que lhe valeu o título de Cidade das Mangueiras.

É o principal porto de escoamento da produção da borracha. 

Oferece completa estrutura turística e desenvolve o ecoturismo em alguns locais, mas, sem dúvida, se tornou famosa por realizar, há mais de 200 anos, uma das maiores festas religiosas do País, o 
Círio de Nossa Senhora de Nazaré.
História 
A região era alvo de invasões freqüentes de holandeses, ingleses e franceses, por isso uma expedição portuguesa desembarcou às margens 
da Baía de Guajará para defender o território. 

Assim que chegaram, em 1616, fundaram o Forte do Presépio e a Igreja de Nossa Senhora da Graça, às margens do Rio Pará. O Forte é o marco de fundação da Cidade que foi chamada de Feliz Lusitânia, 
posteriormente de Santa Maria do Grão Pará, Santa Maria de Belém Grão Pará e, finalmente, Belém.

Belém, durante muito tempo, era um núcleo colonial sem expressão, até que na primeira metade do século XVII, a Cidade ganhou as suas primeiras ruas e iniciaram-se as primeiras construções. 

A Cidade se expandiu pela Baía formada pelo Rio Pará e o Igarapé do Piry, que desembocava próximo ao Forte do Presépio.

O séc. XVIII foi muito marcante para a Cidade pois, com as drogas do sertão como cacau, baunilha, cravo, canela, óleo vegetais e raízes aromáticas, a economia se ampliou e sua importância também. 

Em 1751 tornou-se Capital da Capitania do Maranhão e do Grão-Pará. Chega o séc. XIX e com ele, Belém entra num longo processo de crise. 
Acontecem movimentos como a Cabanagem, entre 1835 e1840, que levou várias vidas e destruiu várias construções coloniais.

Começa, então, o ciclo da borracha e um grande número de transformações na Cidade. Surgem as casas comerciais e palacetes luxuosos. 
Na última década do séc. XIX, Belém já era a maior Cidade da Amazônia e o principal porto de escoamento da produção de borracha. 
A Cidade passa a importar edifícios de ferro da Europa, como o Mercado do Ver-o-Peso e o Mercado de Carne.

Durante 50 anos, Belém foi a rainha da borracha. Sua elite mandava os filhos para estudar na Europa, mas os pobres, sem poder usufruir da riqueza do látex, imigravam para os subúrbios mais afastados. 

As obras públicas ampliam-se, a urbanização de Belém renova-se com a abertura de ruas e praças, calçamento de ruas antigas, preocupação com a paisagem, além do embelezamento de edifícios públicos como o Teatro da Paz. 

Instalam-se os transportes coletivos urbanos, a 
iluminação, o abastecimento de água e a telefonia. 
O fim do chamado "Ciclo da Borracha", em 1910, foi um golpe na vida da Cidade. Começa sua decadência que vai até a década de 50 quando se firma como centro de serviços e financeiro para toda a região Norte. 

A Cidade verticaliza-se e a arquitetura modernista é introduzida. O isolamento é rompido pela rodovia Belém-Brasília e a partir daí surgem novos projetos minerais e pecuários. 

Atualmente, mistura a arquitetura moderna com a colonial, passando o núcleo original a ser chamado de Cidade Velha. 

A Cidade continua crescendo e é parada obrigatória para a aventura na Amazônia.

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